Os alunos do 7º período do Curso de Geografia do Campus do Sertão, da disciplina de Recuperação de áreas degradadas,  no Período Letivo Excepcional - PLE (2020.1), tiveram a sua primeira experiência com coleta seletiva e produção de adubos orgânicos a partir de restos de alimentos de suas próprias residências. O método de compostagem com classificação dos nutrientes e suas características químicas para fertilização do solo foi associado a processos de secagem da matéria orgânica com adição de terra húmica ou arenosa. As técnicas e metodologia foram orientadas pelo Prof. Fernando Pinto Coelho que ministra a disciplina.

A atividade composta por três grupos de alunos produziu 3 (três) quilos de adubo que segundo a descrição dos alunos servirá de base para impulsionar a atividade dos pequenos agricultores rurais em suas próprias famílias. A apresentação dos seminários sobre adubação orgânica foi contemplada com debates sobre a sustentabilidade e produtividade agrícola em solos da região semiárida.

Segundo o Prof. Fernando, "o paradigma de solos rasos e litólicos do sertão alagoano podem ser superados com técnicas de irrigação a partir do Canal do Sertão e tecnologias modernas aplicadas em sistemas agrícolas, como nas cidades de Petrolina e Juazeiro. A fruticultura é uma realidade no sertão de muitos estados do Nordeste e Alagoas não é uma exceção, é preciso investimento, capacidade para superar dificuldades e espírito empreendedor. O Planossolos háplicos (SX) compõe a maioria dos solos do sertão alagoano e podem ser transformados em solos férteis, Neossolos litólicos (RL) são em pequena quantidade e mesmo assim existem tecnologias de moagem de rochas em que minerais importantes para o solo podem se transformar em adubos com essa tecnologia. Israel se tornou o maior polo de fruticultura do oriente médio num cenário de solos desérticos, portanto as nossas condições ambientais são mais favoráveis e com uma cultura agropecuária bastante arraigada nas cidades sertanejas".